Você sabia que a Doença de Chagas pode afetar a visão?
Você já deve saber que a Doença de Chagas é uma grave doença descoberta em 1909 pelo sanitarista brasileiro, Dr. Carlos Chagas, causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi, transmitido pelo inseto chamado “Barbeiro”.
É provável que você também saiba que o parasita está nas fezes do inseto. A contaminação acontece quando a pessoa coça o local da picada do Barbeiro. As fezes que ele produziu, penetram no edema deixado na pele. O que você não sabia é que, ao coçar os olhos, a pessoa também pode levar a transferência do parasita para a área conjuntiva, local que o protozoário também pode penetrar na circulação sanguínea.
De acordo com a medicina moderna, existem relatos de alterações oculares relacionados à Doença de Chagas. Essas alterações estão ligadas, diretamente, a retina, como oclusões vasculares (bloqueio de uma ou mais veias) e alterações de epitélio pigmentário da retina. Além disso, o usuário do parasita pode apresentar casos de uveíte (doença inflamatória que pode comprometer a úvea) e também alterações pupilares.
Outra alteração que pode acontecer é o Sinal de Romaña. Logo após a picada do barbeiro (inseto portador do protozoário Trypanossoma cruzi), especialmente se for próxima ao olho, o portador desenvolve uma reação, na qual as pálpebras e a conjuntiva de um olho apresentam um inchaço de cor violácea. Além do edema, pode-se apresentar secreções.
A melhor maneira de cuidar desses casos é procurando um oftalmologista com extrema urgência. Ele será o mais preparado para realizar o diagnóstico correto e os tratamentos das lesões oculares causados pela Doença de Chagas.
A Doença de Chagas no Brasil
O inseto causador da doença
A doença ainda não foi erradicada no Brasil. De acordo com pesquisas da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o país ainda irá levar cerca de 50 anos para conseguir erradicar o protozoário. Isso se deve ao fato das condições socioeconômicas do país, na qual muitas pessoas estão em risco para a contaminação do parasita.
A profilaxia da doença está diretamente associada à melhoria das condições de vida na zona rural. A substituição das casas de taipa por alvenaria, combate ao barbeiro, além do uso de repelentes e o controle de doadores de sangue.