O que você não pode deixar de saber sobre o glaucoma
Tudo o que você não pode deixar de saber sobre o glaucoma para não correr o risco de deixar de enxergar da noite para o dia.
Neste artigo vamos falar sobre um pesadelo que pode tirar o sono muita gente: o risco de perder a visão.
A primeira coisa que você talvez não saiba, mas que precisa saber, é que o glaucoma é uma das principais causas de deficiência visual e cegueira irreversível em todo o mundo. O tipo mais comum é o Glaucoma de Ângulo Aberto (GPAA), responsável por 74% de todos os casos. Considerando toda a população do planeta, foram acometidas aproximadamente 57,5 milhões de pessoas em 2015. Para 2021, o número projetado é o de 65,5 milhões de pessoas afetadas pela doença ocular.
Entenda o que é o glaucoma
O glaucoma é uma degradação do nervo óptico. Esta deterioração está, normalmente, associada ao aumento da pressão intraocular (pressão dentro do olho). No entanto, existem casos de pessoas com pressão ocular normal e que têm glaucoma.
O nervo óptico é responsável por levar as informações visuais captadas pelos olhos até o cérebro. E quando o glaucoma se instala, as fibras nervosas morrem gradualmente. E é com a evolução deste quadro que pode acontecer a perda total da visão.
E o que causa o aumento da pressão intraocular (PIO)?
Geralmente essa degradação acontece em razão do aumento da pressão dentro do olho que, por sua vez, é causada pela alteração no fluxo de produção e no escoamento do humor aquoso (líquido que preenche parte do olho).
Esse distúrbio pode se desenvolver de forma lenta e sem apresentar sintomas, ocasionando, muitas vezes, a perda gradual da visão podendo até levar à cegueira total.
E como e feito o diagnóstico do Glaucoma?
O glaucoma é diagnosticado quando o médico encontra alterações estruturais no exame de fundo de olho. Uma escavação do disco óptico, com evidência de infarto da camada de fibras nervosas é o que indica a existência da doença. Outro fator, é o exame de campo visual que mostra perdas de campo periférico (escotoma). Esta perda está diretamente atribuída às áreas de neurônios danificados (axônios das células ganglionares).
Conversamos com o Dr. Ricardo Guimarães, do HOlhos, e perguntamos as coisas mais importante que você precisa saber sobre o glaucoma. Na visão do especialista, o que você precisa ficar muito atenta (o) é que o glaucoma quase não apresenta sintomas. E, por isso, as pessoas demoram muito a perceber que estão doentes. Da “noite para o dia” começam a ter dificuldades para ler, dirigir e estacionar o carro, e também de se movimentar em casa sem esbarrar em tudo.
E Dr. Ricardo também reforça que, o glaucoma não tem cura, mas pode ser controlado e tratado. Em especial, se for detectado logo no início. Por isso, fique ligada(o) que a sua saúde ocular depende de consultas regulares ao oftalmologista. “Durante os exames de praxe, é possível verificar se você sofre de alta pressão ocular, uma das principais causas do problema. Se houver alterações, o oftalmologista pode também fazer o exame de fundo de olho.”, reforça Dr. Ricardo Guimarães, médico oftalmologista, Presidente do Hospital de Olhos de Minas Gerais.
Fique de olho nos 10 fatores de risco para o glaucoma.
Mantenha as consultas oftalmológicas em dia!
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- Faixa etária: afeta, atualmente, mais de um milhão de brasileiros acima dos 40 anos
- Histórico familiar: sempre pergunte aos seus familiares se eles têm glaucoma e conte ao oftalmologista.
- Alterações de córnea: diminuição da espessura da córnea central
- Gênero: ser do sexo feminino
- Comorbidades: combinação de fatores como enxaqueca, apneia do sono, coagulopatia, hipertensão e diabetes.
- Raça e Etnia: pessoas de cor negra ou com ascendência asiática são mais propensas à doença
- Erros de refração: quem tem miopia e hipermetropia.
- Colírios: pessoas que usam frequentemente colírios à base de corticoides
- Traumas: como pancadas, cotoveladas, socos ou uma bolada no olho.
- Desafio da gravidade: atividades físicas e esportes que possam causar aumento da pressão intraocular, como a prática de yoga, por exemplo.
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Tratamento do glaucoma
Os tratamentos disponíveis para o glaucoma são o uso de colírios e remédios para manter a pressão ocular saudável. Porém, com os avanços da medicina, outros tratamentos que podem dispensar o uso de colírios estão sendo recomendados. São eles:
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- Cirurgia
- Uso de laser – Trabeculoplastia Seletiva (SLT)
- Micro-stents, componentes microscópicos colocados dentro de vasos para aliviar obstruções.
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Novas teorias de formação do Glaucoma
Recentemente, novas teorias de formação do glaucoma, a partir de alterações da Pressão Intracraniana (PIC), passaram a ser consideradas no mecanismo para o surgimento do glaucoma. O aumento da pressão dentro do crânio e ao redor da medula espinhal pode ser idiopática. Ou seja, não ter uma causa específica. A PIC pode também ser causada por traumatismos ou doenças como tumor cerebral, hemorragia intracraniana, infecção no sistema nervoso, AVC ou efeito colateral de alguns remédios.
” A recente descoberta é que a pressão intracraniana seria benéfica compensando um aumento da pressão intraocular. Por outro lado, uma diminuição da pressão dentro do crânio, seria desfavorável, favorecendo a formação do glaucoma, mesmo que a pressão intraocular estivesse abaixo de níveis normais.”, explica Dr. Ricardo Guimarães, médico oftalmologista, Presidente do HOlhos de Minas Gerais.
Acesse este próximo artigo e saiba mais sobre os problemas visuais que podem causar perda súbita da visão.
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