Você sabia que o filme “2001 – Uma Odisseia no Espaço” já previa efeitos biológicos causados pelas viagens espaciais anos antes do primeiro homem pisar na Lua?

Redação

Lançada em abril de 1968, a revolucionária produção cinematográfica do diretor Stanley Kubrick  ‘Uma Odisseia no Espaço’, retrata descobertas de astronautas e viagens na dicotomia tempo-espaço. Em uma das cenas mais marcantes do filme, o astronauta David Bowman (interpretado por Keir Dullea) envelhece décadas rapidamente ao viajar no espaço e, mais tarde, após um fenômeno astronômico, rejuvenesce ao ponto de se tornar um bebê novamente.

Alguns estudos mais recentes discutem sobre a possibilidade de que o homem envelheça mais rapidamente quando está fora da órbita terrestre. O envelhecimento precoce seria causado pela maior radiação sobre as células, deteriorando-as e dificultando sua recomposição. Então, podemos perceber que Kubrick levantou uma questão científica antes mesmo que o homem fosse para a lua (o que, por sinal, aconteceu em julho de 1969).

O filme foi rodado entre os anos de 1965 e 68 é até hoje é motivo de debate entre cientistas e pesquisadores por antecipar previsões que se confirmam nos dias de hoje, quase meio século depois.

Recentemente, o norte-americano Scott Kelly retornou de uma missão de um ano a bordo da ISS, o maior período em que um astronauta ficou exposto aos efeitos da microgravidade. Scott chegou a “esticar” cinco centímetros de tamanho por causa da falta de pressão em sua coluna vertebral.

A viagem de Marcos Pontes, único brasileiro a viajar ao espaço, foi bem menor. Ele ficou dois dias a bordo da Soyuz (nave espacial a qual tripulou) e oito dias dentro da ISS. Mesmo exposto por menos tempo, teve que enfrentar muitos dos efeitos no corpo.

A osteoporose, perda de células ósseas, também é um dos efeitos mapeados. Já a fraqueza muscular é consequência da atrofia dos músculos que são menos usados em ambiente com microgravidade. No espaço, a desorientação espacial é acompanhada de dores na cabeça, coriza, alterações nas pressões intraocular e intracraniana, e desidratação.